Pesquisar este blog

terça-feira, 31 de maio de 2011

Registro fotográfico da 1ª batizada na Assembleia

Ismael Machado


Têm sido agitados os dias de Francisco de Assis Barreto às portas de completar 79 anos. Não que sejam os preparativos para uma merecida festa de aniversário. É que, mesmo sem saber à época, Francisco Barreto entrou para a história do centenário da Assembleia de Deus, por ter feito o único registro fotográfico da primeira pessoa a ser batizada sob o cânone da igreja pentecostal. Celina Martins Albuquerque foi imortalizada já quase no final da vida, num retiro para pessoas idosas, ainda lúcida. Foi a foto da vida de Barreto.

“Eu não tinha noção da importância que essa foto teria no futuro”, diz o fotógrafo aposentado, ainda na varanda de casa, olhando para a reprodução da fotografia numa revista. A fotografia já correu o mundo. No dia 8 de junho, Celina Albuquerque será mais uma vez lembrada, quando se completarem 100 anos do batismo dela.
Barreto lembra com clareza o dia em que a fotografou. “Foi na segunda metade da década de 60. Ela morava num abrigo próximo à Tavares Bastos. O pastor Francisco Vidal chegou comigo e deu a ideia. Disse que a irmã estava velhinha, que brevemente ela estaria partindo e que eu deveria fotografá-la”.

Desde abril de 1954, Francisco trabalhava com fotografia. Era um trabalho artesanal, de reproduções, numa época em que fotos coloridas, só pintadas a mão, com óleo, aquarela. Era uma técnica chamada de viragem, que primeiro transformava a foto originalmente em preto e branco para tons marrons, a fim de que depois pudesse ser pintada.

A foto em si é simples. Sentada numa cadeira de vime, os cabelos brancos presos, vestido claro, olhando para a frente, Celina foi clicada lateralmente, num jogo de luz e sombra. Ao fundo, dependendo do corte da foto, pode-se perceber uma mulher e um homem, que observam o instante fotográfico. “Fiz mais duas poses, uma com o pastor Vidal ao lado dela, mas essas se perderam”, diz Francisco Barreto.

Celina Albuquerque tinha 34 anos quando foi batizada. Até então era professora da Escola Dominical. Segundo os relatos históricos da Assembleia de Deus, estava acamada, sofrendo de um possível câncer nos lábios.

Teria sido curada depois de intensas noites de oração, passando a querer ser batizada de acordo com os preceitos da igreja que surgia. O batismo ocorreu na madrugada de quinta-feira, 8 de junho de 1911.

Ao fotografar Celina, anos depois, Barreto considerou aquele apenas um trabalho, como outro qualquer. “Se fosse hoje, eu iria conversar com ela, me empenhar para conhecer a história. Eu não tinha como imaginar a importância que esse registro teria. Mas sei que com essa foto eu entrei para a história”, diz o aposentado, enquanto tenta lembrar com qual, das tantas máquinas que ainda possui de lembrança de outra época, teria feito o tempo parar.

A mítica roleiflex é a alternativa mais previsível. “Talvez tenha sido essa”, fala como se para si mesmo. “Quem diria que eu estaria dando entrevista sobre isso?”, diz, antes de fechar o portão e voltar, sorrindo, a passos lentos, para dentro de casa. (Diário do Pará)





















Este é o único registro de Celina, batizada pela Assembleia

Fonte: Diário do Pará
IEAD - O Centenário

domingo, 29 de maio de 2011

NINGUÉM NOS ROUBARÁ O CENTENÁRIO



Escrito por Pr. Samuel Câmara


Existem verdades que não podem ser contraditadas, posto que apoiadas pela veracidade de incontáveis fatos, ou seja, pela própria História, assim como pelo bom senso. Uma dessas verdades incontestes é que a Assembleia de Deus em Belém foi escolhida por Deus para dar início a esse grande Movimento Pentecostal que assombrou o mundo e trouxe a Salvação e o poder do Espírito Santo a milhões de vidas.

Outra verdade inalienável é que a Igreja-mãe das Assembleias de Deus no Brasil tem o direito de celebrar o seu Centenário com todas as suas “filhas”. Alguém pode querer contestar, por desinformação ou descaso, que não estão querendo tirar esse direito da Igreja em Belém. Estão sim!

Por exemplo, há cerca de três anos, em Porto Alegre, quando da assembleia extraordinária de líderes da nossa Igreja no Brasil, foram apresentados todos os planos do Centenário da Assembleia de Deus, sem terem tido ao menos o respeito de perguntarem à Igreja-mãe o que esta gostaria de fazer, uma vez que a própria História lhe daria a primazia, se esta quisesse, de celebrar antes de todas as outras o Centenário.

Além disso, esses mesmos líderes pretendem fazer uma celebração paralela na própria cidade onde tudo começou, à parte da Igreja-mãe, numa afronta injusta e descabida. São líderes se portando como filhos rebeldes que destratam e maltratam a própria mãe.

Jamais pretendemos celebrar isoladamente o Centenário, que é de toda a Assembleia de Deus no Brasil. Quando dizemos, portanto, que somos a única que pode celebrar o Centenário em junho de 2011, só o fizemos em resposta aos abusos dessa liderança autocrática e preconceituosa de querer fazer celebração excluindo a própria Igreja-mãe.
Outros nos criticam por dizermos que a Igreja em Belém é a Igreja-mãe das Assembleias de Deus, como se não tivéssemos do direito de assim falar. Ora, se uma mãe natural, abençoando ou corrigindo um filho, lhe disser: “Eu sou a sua mãe”, quem poderia lhe contradizer? Esta é outra verdade inconteste. As outras igrejas deveriam se sentir honradas em possuírem uma mãe tão generosa.

A Igreja-mãe não somente começou essa grande obra, mas ajudou a expandi-la a todo o Brasil, muitas vezes contribuindo com generosas quantias para comprar terrenos e erguer templos, sustentar missionários e pastores, enviar literaturas, entre muitas outras ações amorosas.

A Igreja-mãe é o berço da imprensa assembleiana, de cujos produtos jamais cobrou royalties. Produzimos o primeiro hinário, o primeiro jornal, as primeiras lições bíblicas, os primeiros folhetos, enfim, fomos pioneiros em tudo isso e muito mais.

Nas plagas paraenses, sob a liderança e apoio da Igreja-mãe, aconteceu a primeira Convenção de obreiros. A primeira Escola Bíblica aconteceu no templo central da nossa Igreja. Durante mais de cinquenta anos, quase todos os trabalhos que foram abertos no Brasil tiveram a bênção e a ajuda desta Igreja Centenária.

Meus amados irmãos e irmãs, infelizmente temos de expor essa injustiça que a Assembleia de Deus em Belém tem sofrido da parte de líderes que se arvoram em “dominadores do rebanho” e querem à força tirar o direito simples e inalienável de a Igreja-mãe ter sido escolhida por Deus e de celebrar o seu próprio Centenário com todas as suas igrejas-filhas, posto que esta Celebração diz respeito a todos nós. Que se vejam com Deus, pois Ele é o justo Juiz.

A cidade de Belém tem sido generosa conosco e reprovará o tratamento que a Igreja-mãe e seus pastores e líderes têm recebido desses órgãos religiosos nacionais que nos são hostis, tanto aqueles que o fazem sem razão ou dos que o fazem pelas razões escusas de interesse político-eclesiástico.

Nós somos a geração do Centenário! Essa é a nossa vez, essa é a nossa hora. Deus nos concedeu a oportunidade de celebrarmos as conquistas do Senhor Jesus através de muitos homens e mulheres cujas vidas inspiraram milhões de outros crentes em todo o Brasil.

Podemos dizer, figuradamente, que essa multidão de heróis deve estar “se revirando no túmulo”, como uma nuvem de testemunhas (Hb 12.1), em reprovação a todas essas ações abjetas de homens mesquinhos que se medem por si mesmos e cujos frutos só podem ser esses. Mas o Senhor julgará essas paredes branqueadas!

Convido todo o nosso povo a orar, a buscar a Deus confiadamente, a fim de obtermos graça e socorro em ocasião oportuna, de modo a termos um grande Pentecoste na celebração do Centenário da Assembleia de Deus no Brasil, que acontecerá na plenitude da bênção de Cristo, em Belém, no período de 16 a 18 de junho próximo. Bem-vindo ao Centenário!

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

IEAD - O Centenário

Desafio: Unir irmãos da grande Igreja.


Em 29.05.11



À frente de um momento histórico para a igreja que comanda, o pastor Samuel Câmara, 54 anos, avalia que, passada a festividade do Centenário da Assembleia de Deus, é hora de arregaçar as mangas para novos desafios, entre eles, o de unir as diversas tendências que hoje dividem a igreja. Desafio que ele entende ser plenamente capaz de vencer. Afinal, desde que assumiu a presidência da Assembleia de Deus, em janeiro de 1997, viu a igreja pular a mais de 370 templos. Graduado em Teologia pelo Instituto Bíblico das Assembleias de Deus em Pindamonhangaba (SP), licenciado em Filosofia e Pedagogia, bacharel em Direito e autor dos livros “Administração Eclesiástica” (esgotado) e “Bíblia e Jornal”, Câmara defende ideias firmes em assuntos polêmicos, como a adoção de crianças por casais homossexuais e a participação política dos membros da igreja. Durante fiscalização das obras do Centro de Convenções do Centenário, cedeu a seguinte entrevista ao DIÁRIO.
P: Como estão os preparativos finais para o Centenário da Assembleia de Deus?
R: A todo vapor. Estamos nos preparando para festejar o centenário marcando a nossa cidade. Estamos entusiasmados com o número de pessoas, com as caravanas que se preparam para vir. É muito grande a repercussão no Brasil e no mundo. Posso dizer que somos abençoados. Os hotéis já estão começando a ficar reservados. Já há reserva de 20 mil vagas em acampamentos e em casas. Teremos no mínimo uma caravana de cada Estado. Só do Acre virão cinco ônibus.
P: A previsão é de quantas pessoas?
R: Nos três dias esperamos umas 450 mil pessoas. Veja bem, sem repercussão de centenário já lotamos o Mangueirão... nós temos 110 mil fiéis só em Belém. No Estado todo são 750 mil.
P: Recentemente houve celeuma entre setores mais conservadores da Assembleia de Deus, que chamam vocês de idólatras...
R: Houve uma divisão. Nós representamos um segmento de vanguarda, de capital. Há quem veja isso como se fôssemos vaidosos ou como se houvesse falta de religiosidade. Mas temos que entender que somos grandes, temos várias divisões. A Assembleia de Deus é quem mais gerou outras igrejas a partir dela mesma. Somos uma raiz frondosa. Agora, como existe em qualquer segmento, existem os mais moderados e os mais avançados. Somos conservadores no trato da espiritualidade. Se eu fosse avaliar o comportamento deles, poderia dizer que eles seriam fariseus, ou seja, cultuam mais a forma que o conteúdo. Para quem é grande, há sempre dificuldade com a redondeza, com a periferia. Isso se acentua mais no Pará, porque tem municípios distantes, onde o povo se veste de forma diferente. Só que não podemos nos engessar numa forma. A Assembleia de Deus é a igreja mais diversificada que existe. Tem espaço para todos os grupos e tendências. Se uma pessoa se veste de uma forma mais ou menos diferente, não importa. O que importa é a decência.
P: O senhor escreveu um artigo dizendo que não iriam roubar de Belém o Centenário...
R: Nós somos a igreja-mãe. E vamos celebrar isso. Nós já fomos espoliados no Sul e Sudeste do Brasil. Estávamos excluídos das celebrações porque diziam que Belém não tinha estrutura para isso. Mas estamos honrando o nosso centenário. O Centro de Convenções foi construído em um ano. Construímos o Museu Nacional, único nesse gênero. Vamos receber gente do Brasil e do mundo e mostrar que Deus não errou quando escolheu Belém para iniciar essa obra.
P: Finda a comemoração do Centenário, quais são as metas e desafios que se impõem?
R: Internamente é a de provocar o entendimento maior entre os diversos segmentos e tendências da igreja. A Assembleia de Deus é um movimento com vários matizes. Precisamos fazer com que esses segmentos se entendam. Externamente é manter a dedicação missionária a todos os brasileiros, buscar a felicidade deles e da opção de viver abençoados à ideia de Deus, uma felicidade física e espiritual. Vamos manter uma posição agressiva de trabalho missionário. A Assembleia de Deus não é uma igreja metropolitana. Ela não está só onde está o resultado econômico. É importante dizer isso, porque ela é maior do que os indivíduos. Eu sirvo agora, mas outros serviram antes de mim e outros servirão depois. Não temos centralização de qualquer forma, seja política ou econômica. A autonomia da igreja está acima de qualquer órgão.
P: O perfil da igreja vem mudando...
R: Sim. Entre as metas também está a de que vamos utilizar a ciência e a tecnologia. Temos o dever de usar esses meios. Durante muito tempo fomos avessos e contrários a isso. Já pregamos que o rádio era do Diabo, que a TV era uma caixa do Diabo, mas já nasceu um movimento representado por uma geração mais nova de que não é a ferramenta o mal e sim o conteúdo. Nós não queremos dominar o Brasil, mas queremos dar alternativas de fé cristã, seja na internet, no rádio, na TV. Se descobrirem uma civilização em Marte, vamos comprar um Sputinik para levar Deus até lá. Quanto à ciência, os evangélicos sempre foram os mais avançados em relação a isso. Os países onde a fé protestante se disseminou são os mais avançados na pesquisa científica. Acreditamos que a ciência está a caminho de uma perfeição e com isso chegará a Deus. Antes riam quando falávamos que Deus criou Eva a partir da costela de Adão. Hoje se chama a isso de clonagem.
P: Diante disso, dessa mudança de perfil, como fica a participação política?
R: Hoje temos, só no Norte do Brasil, 52% de evangélicos, de todas as tendências. É uma comunidade tão grande, que responde, no mínimo por 10% da população brasileira, que não pode ficar alheia e omissa nas instâncias de poder. Achamos que é justo e legal que participemos na proporção daquilo que somos, para contribuir com ideias, com trabalho. Nós adicionamos na nossa vida um exercício de fé sistemático e comprometido. Não se discute mais se vamos ou não participar e sim de que forma.
P: Podemos pensar, por exemplo, num futuro prefeito de Belém ligado à Assembleia de Deus?
R: Nós temos uma relativa dificuldade para aglutinar. Somos descentralizados. Nós somos como um transatlântico, não fazemos curvas bruscas, fazemos curvas devagar, mas nós influenciamos muito e somos namorados por todos os pretendentes a cargos públicos, mas é claro que queríamos ver nossos filhos nessa situação.
P: Quais são os pilares políticos da igreja?
R: Democracia, família constituída do gênero homem e mulher, liberdade de expressão, da imprensa, inclusive, e desenvolvimento social voltados aos menos favorecidos, aos que não têm o que comer.
P: Como a igreja avalia a união estável entre homossexuais?
R: Estamos preocupados com a guinada do Superior Tribunal Federal, porque cultura, natureza e princípios não se mudam com uma canetada. A natureza diz que não se deve discriminar ninguém, mas não podemos ficar omissos a uma aparente onda de admissão de uma aparente desvantagem de um grupo. O natural é que um homem se enamore de uma mulher e possa perpetuar-se nos filhos. Se a família for desestruturada, a família e a igreja desaparecem. Preocupamos-nos nesse momento pelas crianças. Como elas serão originadas? No momento em que se permite que se adote uma criança a partir de uma relação homoafetiva, elas terão essa visão: por que não fui gerado nem fui abraçado por uma mulher e um homem? Isso nos preocupa.
Fonte: (Diário do Pará)
IEAD - O Centenário

sábado, 28 de maio de 2011

Centenário: estrutura grandiosa para receber fiéis


Tamanho da fonte: A- A+
Centenário: estrutura grandiosa para receber fiéis (Foto: Thiago Araújo)

Pastor Samuel Câmara comemora o projeto que abrigará até 20 mil fiéis (Foto: Thiago Araújo)

São números superlativos por qualquer ângulo que se analise. O Centro de Convenções do Centenário, obra física mais visível na celebração feita pela Assembleia de Deus em Belém para comemorar o aniversário de 100 anos da igreja, já se impõe como alternativa a mais para o setor econômico do Estado.

Localizado na avenida Augusto Montenegro, quase na entrada do Una, o Centro de Convenções, que está em fase final de construção, pretende atender não só a comunidade evangélica, mas todo um setor de turismo de negócios e eventos na capital paraense.

“Já temos solicitações de agendamento para cada mês”, diz o pastor Samuel Câmara, líder da Assembleia de Deus no Pará. “Isso vai ser importantíssimo para a economia de Belém e vai alavancar o turismo de negócios, principalmente porque estamos criando um roteiro histórico para um futuro turismo religioso”, diz.

A inauguração do Centro de Convenções está prevista para o dia 16 de junho. O ritmo de trabalho está acelerado. “Estamos finalizando a central de ar-condicionado, a pavimentação externa, já começamos o paisagismo, vamos fazer o gradil central, com o estacionamento, as instalações todas”, diz o engenheiro Gerônimo Milan, responsável técnico pela obra. As proporções impressionam o engenheiro. “Como espaço único climatizado, é um dos maiores. Não conheço outro espaço semelhante”, diz ele.

Atualmente estão envolvidos na obra 98 operários. Já foram 140. “O centro possui uma estrutura metálica de proporções avantajadas. É um pórtico de 20 metros de altura que desce em 13 arcos. É uma estrutura dividida em nove”, explica o engenheiro.

A cobertura foi feita de forma que impede vazamentos. “O piso industrial é de concreto alisado, com umedecedor de superfície, ou seja, pode entrar carretas, máquinas pesadas, o que se quiser. É um centro multiuso, que pode abrigar feiras diversas, como de máquinas agrícolas, por exemplo”, complementa.

A ideia de construir o Centro de Convenções partiu de um certo desdém no sul do país em relação à capacidade de Belém de abrigar, com boa estrutura, as celebrações do Centenário. “Queriam roubar nossa festa. Diziam que não tínhamos condições. Criamos um centro cujo ar-condicionado é mais potente que o do aeroporto. Foi projetado para refrigerar bem no pico do calor de três da tarde. Belém está dando uma surra em todo mundo”, orgulha-se Câmara.

O centro está sendo todo construído com dinheiro arrecadado de fiéis. O nome de todos eles fica gravado em murais espalhados nas diversas congregações. “A maior riqueza é o que está dentro das pessoas, motivadas esse tempo todo em querer ajudar e dar sua contribuição”, resume o pastor. (Diário do Pará)

Fonte: Diário do Pará

IEAD - O Centenário

Festa do Centenário mobiliza família inteira


Tamanho da fonte: A- A+
Festa do Centenário mobiliza família inteira (Foto: Mauro Angelo)

A tradição de fé assembleiana se renova a cada ano que passa (Foto: Mauro Angelo)

Sentada em uma cadeira de madeira, Ângela Maria Pinheiro Portal, 55 anos, olha ao redor, como se admirando a própria obra e diz: “eu louvo a Deus pela família que tenho. O Senhor Jesus é o centro de minha casa”. É uma casa simples, em reforma, numa vila chamada Alameda Canaã, na rua Barão do Triunfo, quase na divisa entre os bairros do Marco e Pedreira. Nela, mora uma típica família onde praticamente todos os membros são membros de congregações da Assembleia de Deus.

São cinco filhos, quatro mulheres, alguns sobrinhos, netos. Uma vida que, segundo a matriarca, mudou há mais de três décadas. “Trinta e dois anos atrás eu aceitei Jesus e isso fez muita diferença na minha vida”, diz ela.
Diversas Bíblias espalham-se pela casa. Fazem parte do cenário e do cotidiano. Segundo Ângela Portal, é o que alicerça o grupo. “A estrutura de tudo é a família. Se tiver princípios cristãos isso se torna uma bênção no dia a dia”, avalia.

Na família, cuja filha mais velha tem 40 anos e a mais nova 26, ninguém lembra de já ter vivido fora do âmbito da Assembleia de Deus. “Isso vem desde pequena, desde que me entendo por gente. Eu nasci num lar evangélico”, diz Eunice Portal, 31 anos.

Eunice começou criança participando das atividades da igreja. Agora, já mãe, trabalha com crianças na Assembleia de Deus. Um ciclo que se repete. Como uma renovação de fé dentro da estrutura familiar. “Desde quando consigo me lembrar, participo de eventos dentro da Assembleia, como Dia dos Pais, Dia das Mães, tudo com o enfoque cristão evangélico”, diz ela.

“Meu pai sempre fez questão que nós estivéssemos na igreja”, resume Catiane Portal, 30 anos. “Eu acho que frequento desde bebê”, complementa Sara Portal, 26 anos. É ela quem teoriza sobre o que isso representa para todos. “Eu penso que isso significa um novo olhar sobre o mundo. É diferente. A gente aqui em casa sempre trabalhou na igreja, participou de atividades como o coral, por exemplo. Eu sou fruto dos EBF, os Estudos Bíblicos de Férias”.

O pai, Pedro da Silva Portal, estava trabalhando. Foi dele a ideia de batizar a vila de Alameda Canaã. A presença paterna é constante em cada fala. “Ele é muito ativo”, diz Sara.

E a tradição familiar assembleiana vai sendo renovada. A família já tem adolescentes como Rebeca, 16 anos, e Raissa, 14. Elas se envolvem em atividades da igreja. Não diferem de outros adolescentes em relação a gostos, sonhos, vaidades. A diferença é que possuem fé. Frequentam a igreja, participam de tudo. Rebeca, por exemplo, canta na banda da igreja que frequenta, na mesma rua.

Assim como Salomão, 13 anos, filho de Eunice. Ele faz parte do grupo de adolescentes da Assembleia de Deus, chamados de Jovens Adoradores do Senhor. Não deixa de ser, também, uma forma de integração social, locais onde se pode conhecer pessoas, fazer amigos, ter namoros. Tudo o que é normal na idade.

AFINCO

A família se prepara com afinco para as celebrações do Centenário. Afinam vozes, buscam inspiração divina. “A gente fala a mesma língua, discute os mesmos assuntos. Isso acaba fortalecendo a fé cada vez mais entre nós mesmos”, diz Catiane.

Fonte: (Diário do Pará)

IEAD - O Centenário

quinta-feira, 26 de maio de 2011

FECHAMENTO DAS CONVENÇÕES

NOTICIAS


O artigo "Centenário paralelo, uma afronta a Belém”, que escrevi terça-feira passada neste jornal, causou muita discussão. Em questão de horas, o texto circulou o Brasil, merecendo elogios e críticas. E, talvez por não estarem familiarizados com o meu estilo literário, alguns receberam a palavra como algo parcial. Hoje pretendo pôr abaixo essa interpretação, demonstrando ao leitor sensato que minha análise é apenas de cunho bíblico e histórico.

Quando chega ao seu primeiro centenário, a Assembleia de Deus diverge muito de suas origens. Não diverge enquanto culto e congregação. Diverge quanto ao tipo de poder que foi instalado entre seus líderes. No princípio, foi a Missão da Fé Apostólica, uma comunidade de pessoas humildes, despojadas de qualquer influência política, econômica ou financeira.

Foi à míngua do poder temporal que a Assembleia de Deus nasceu e se expandiu nas primeiras décadas. Daniel Berg, Gunnar Vingren e os dezenove irmãos pioneiros não tinham nada humano para se escudar. Eles haviam sido desligados da Igreja Batista, acusados de heresia. Não tinham dinheiro, templo, mídia, pastores importantes... nenhuma prata ou ouro. Não tinham credenciais de convenção. O que eles tinham, então? Eles tinham a Jesus Cristo. E foi o nome de Jesus que pregaram. Unicamente por amor ao Mestre.

No assentamento das bases do movimento pentecostal brasileiro, tivemos muito sangue, suor e lágrimas. Jovens deixaram suas nações para se ajuntarem aos primeiros crentes. Devotados evangelistas, leigos e ordenados, embrenharam-se na densa floresta amazônica. Cruzaram a pé enormes distâncias. Transpuseram cachoeiras. Naufragaram. Adoeceram. Escaparam de emboscadas e feras. Enfrentaram todo tipo de perigo. Contam-se entre esses heróis alguns velhos que morreram vítimas de espancamento em pleno culto e pregadores estrangeiros que jamais regressaram às suas terras, a exemplo do missionário Viktor Janssen, que, vítima de malária, terminou seus dias sepultado numa cova rasa na ilha do Marajó, ano de 1923.

Porém, com o crescimento da obra de Deus pentecostal, surgiram os dominadores do rebanho. Surgiram homens cujo ministério é em si mesmo uma causa de perdição. Sim, porque há homens que não prestam para liderar. Eles poderiam servir como excelentes crentes de bancos. Estariam a salvo e sem escandalizar o nome de Cristo.

A partir da criação de convenções dentro da Assembleia de Deus, operou-se uma mudança de curso e qualidade no tipo de poder dentro dessa igreja. Muito embora sua membresia continue até hoje interessada no mesmo poder original que batizou Celina Albuquerque, no dia 8 de junho de 1911, grande parte da liderança da Assembleia de Deus organizada em convenções volveu seus olhos para outro tipo de poder: o poder temporal. Poder de império. Poder político-eclesiástico. Político-partidário. Poder comercial. Poder de reunir crentes. Poder humano. Vaidoso. Arrogante. Divisor. Antibíblico.

A Assembleia de Deus merece um presente em seu Centenário. E seu almejado presente é ver-se livre do jugo de convenções de pastores que em nada contribuem para a unidade dos crentes e à pregação do Evangelho. Seu desafio é voltar a lidar e reportar-se, única e tão-somente, ao poder do Espírito Santo.

Em vindo a Belém a liderança de convenções da Assembleia de Deus que escandalizam, espera-se que deem a essa igreja o maior de todos os presentes: devolvam a sua liberdade. Devolvam a sua paz e sua honra pública. Que venham à terra da Missão para anunciar o fechamento definitivo desses inferninhos pentecostais.

IEAD -O Centenário

Rui Raiol é escritor (www.ruiraiol.com.br)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

City Tour apresenta os caminhos dos pioneiros da Assembleia de Deus em Belém



NOTICIAS

Quem passar por Belém em junho viverá um pouco da história que deu origem ao maior movimento pentecostal do mundo, já que, a partir da capital paraense, a Assembleia de Deus se espalhou para todos os cantos do país, tornando-se uma das maiores igrejas do Brasil. Em comemoração ao Centenário da Igreja, um city tour exclusivo foi preparado para refazer os principais percursos dos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da Igreja, em Belém.

“Fizemos uma pesquisa e constatamos que a maioria dos evangélicos conhece a história na teoria, mas na prática não. Então, é de suma importância levá-los ‘in loco’ nestes lugares históricos e mostrar os caminhos percorridos pelos missionários. Eles vão conhecer uma Belém pelos olhos da fé e viver a história. Selecionamos quinze lugares mais importantes e montamos o roteiro, que tem vertentes turística e pedagógica”, explica o criador do projeto, pastor Walmir Gomes.

O passeio começa pelo Centenário Centro de Convenções, localizado na Rodovia Augusto Montenegro, um dos marcos arquitetônicos na história da Assembleia de Deus. Depois, segue pela escadinha do cais do porto, local de desembarque dos pioneiros ao chegaram à cidade. Outro ponto turístico incluído no roteiro é a visitação à Empresa de Navegação da Amazônia (Enasa), onde Daniel Berg trabalhou como fundidor especializado.

O city tour traz também uma visita à Praça da República, um dos principais pontos turísticos de Belém, onde se localiza um monumento em homenagem aos missionários. Depois de comerem uma abençoada manga, fruta típica da região, os dois missionários descansaram e fizeram sua primeira oração em solo brasileiro, no banco da praça.

Também constam no roteiro um passeio pelo Museu Nacional da Assembleia de Deus e visitas à réplica do primeiro Templo da Igreja, inaugurada em março deste ano; ao local onde existiu o primeiro templo da Assembleia de Deus; e ao vagão que transportava o missionário Daniel Berg para evangelizar na Belém-Bragança.

O rio Tucunduba, local dos primeiros batismos e o Forte do Presépio também fazem parte da programação do city tour. Além disso, os visitantes poderão conhecer o local onde morava a irmã Celina Albuquerque, que cedia sua casa para as reuniões pentecostais e que entrou para a história da Igreja como a primeira pessoa batizada com o Espírito Santo no Brasil.

SERVIÇO
City Tour “Caminhos dos Pioneiros”
Agência oficial: Vantur Executivo
Contatos: (91) 3231-0219 / 3031-2525
WWW.VANTUR-PA.COM.BR

IEAD - O Centenário

terça-feira, 24 de maio de 2011

100 anos IEAD. Na periferia, a oração é a arma contra a violência

Terça-feira, 24/05/2011, 08h15

Na periferia, a oração é a arma contra a violência

Mesmo com pouca estrutura,igrejas lutam contra a tensão em bairros carentes usando apenas a fé.
"Essa é a situação da Igreja. É nesse mundo que vamos salvar almas, tirar desse meio violento
de vicios" Antônio Dias, Pastor.

Passam poucos minutos de 12h. Enquanto do lado de fora da pequena construção de madeira o sol castiga forte os apressados transeuntes, dentro do barracão menos de dez pessoas acompanham com as mãos erguidas em direção ao céu as palavras de Irmã Tatiane. E elas vêm trovejantes, sem pausa, intensas, altas. Apelam por salvação, glorificam obras divinas, atestam a fé. Irmã Tatiane foi convidada a pregar às poucas almas cristãs naquele horário que desafia resistências, pelo pastor Antonino Dias, um homem de sorriso aberto e fala simples, com 62 anos e que já foi, segundo o próprio, o terror do Curió-Utinga. Atualmente dedica a maior parte do tempo a resgatar almas, uma missão espinhosa em um local conhecido pela alta incidência de crimes.

“Essa é a situação da igreja. Ela escolhe esses pontos onde há muitos furtos, viciados. É nesse mundo que vamos salvar almas, tirar desse meio violento, de vícios”, diz pastor Antonino. A igreja da Assembleia de Deus guiada por Dias tem uns 25 membros. Quem ajuda nessa missão é o próprio filho, Gleyverton Dias, 29 anos.

Gleyverton cresceu no bairro. Conhece todos, inclusive os traficantes locais. Isso ajuda a tentar convencer jovens a aceitar a palavra bíblica disponibilizada em cultos três a quatro vezes por semana. “Aqui não tem muita opção aos jovens para o estudo ou para emprego. O dever da igreja é alcançar as famílias, muitas destruídas”, diz ele.

O pai de Gleyverton é um exemplo do poder da palavra divina. “Eu fui o terror desse bairro”, repete. “Bebia uma cachaça doida, tinha uma pistola, dei umas terçadadas em algumas pessoas. Eu procurava briga. Fui processado quatro vezes. Eu era um nó e fui lapidado por Deus”, diz. “Na nossa congregação tem jovem que já foi preso e que hoje prega a palavra”, diz o filho. Nos próximos dias, os cultos devem ocorrer na casa da mãe de um assaltante. Uma estratégia para tentar sensibilizar o criminoso, atuando o mais próximo possível dentro do território dele.

FORÇA SOCIAL

O Curió-Utinga é um bairro com uma população estimada em mais de duas mil famílias. Há muitas invasões. Com elas chegam as mazelas sociais. Pobreza, criminalidade, ausência de um quase tudo. “É um bairro muito carente, a bandidagem impera por aqui. Já foi pior, mas quando o Evangelho chegou afugentou muitos deles”, diz o pastor Lauro Pereira Messias, que aos 83 anos já carrega no sobrenome a missão que lhe foi destinada.

Messias atua na congregação da Assembleia de Deus na passagem Elvira, distante muitas quadras de onde pai e filho Dias lutam para romper a barreira que a marginalização impôs ao bairro. São 51 anos de Evangelho. Messias sabe que em bairros marginalizados, o trabalho é dobrado. “Mas é tudo em prol desses jovens”, diz, enquanto lê a Bíblia para algumas crianças.

São desafios que o pastor Geison Oliveira, 29 anos, já se acostumou a enfrentar. Coordena uma congregação da Assembleia de Deus que fica no final da rua Dr. Freitas e início da avenida Perimetral. “Dirijo congregações desde os 18 anos”, diz ele. Já passou por estados como Bahia e Goiás. Superou choques culturais. Dirige a quarta congregação. “Esse bairro tem muitos problemas, mas a nossa atuação tem força social também. A palavra de Deus muda vidas”, diz.

É o que pensa o pastor Marcelo Moraes do Nascimento, 31 anos, cuja igreja, de tamanho minúsculo, mas atuação inversamente proporcional ao tamanho dela, fica encravada no olho do furacão, ou seja, no meio da baixada da Alzira, no coração do tráfico do Curió-Utinga.

O mesmo local onde a igreja foi erigida já foi ponto de vendas de drogas. “Quando estávamos construindo a igreja, tinha gente que se escondia aqui dentro”, diz Nascimento. A igreja tem entre 55 e 60 membros. Fica lotada nos dias de culto. “Nas madrugadas daqui sempre houve muito tiro, mas a própria vizinhança diz que mudou muito essa situação. Diariamente ficamos até quase meia-noite orando. Isso tem ajudado a transformar a vida por aqui”, garante. (Diário do Pará)

Jornal Diário do Pará

IEAD - O Centenário

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Centenário deve atrair 300 mil pessoas



Tamanho da fonte:

No mês de junho deste ano a Assembleia de Deus vai comemorar o seu centenário em Belém. As comemorações previstas para a data já começam a atrair fiéis de todas as partes do mundo. A expectativa é que a cidade receba cerca de 300 mil pessoas para as comemorações.

Para atender essa demanda, a igreja está cadastrando pessoas que queiram receber os visitantes em suas casas. “Vamos receber muitas caravanas vindas de diversos Estados do Brasil e de todos os países. Estamos cadastrando residências que possam receber de uma a quatro pessoas”, diz o pastor Lucas Martins Filho.

Além das casas, a igreja pretende disponibilizar alojamentos em chácaras, sítios, igrejas e nos alojamentos de órgãos como o Exército, Marinha e Corpo de Bombeiros. O objetivo era alcançar 2.500 residências cadastradas para receber os fiéis, porém o número foi muito além do esperado. “Temos 4.500 cadastros entre casas, sítios, chácaras e igrejas, fora os hotéis”.

Segundo o pastor, quase todos os hotéis da cidade já estão com reservas para o período da festa, que será do dia 16 a 18 de junho. Além de ser uma alternativa de hospedagem, receber os visitantes em casa pode ser uma oportunidade de conhecer novas culturas. “Como essa é uma festa histórica, muitas pessoas querem participar. O objetivo também é de fazer uma integração entre irmãos”.

Para receber um hóspede em casa a exigência é pouca: basta ter pelo menos um quarto disponível em sua residência. Pessoas de outras religiões também podem se cadastrar para receber os visitantes. A dona de casa Regina Monteiro frequenta a Assembleia de Deus e já fez o cadastro. “Já recebi um casal durante um seminário e agora me coloquei à disposição para receber também”.

Para Regina, hospedar alguém é uma experiência valiosa. “A gente tenta dar o melhor possível, então vou dispor um quarto. Gosto muito da troca de experiências e da amizade que fica”.

A Assembleia de Deus foi fundada em Belém por Daniel Berg e GunnarVingren, em 18 de junho de 1911, e hoje já está presente em 170 países. As comemorações pelo centenário iniciam no dia 4 de junho, com ações sociais (atendimento médico, jurídico e distribuição de cestas básicas) em 26 pontos de Belém.

No dia 10 de junho, a igreja vai realizar um casamento comunitário para mil casais. No dia 19, os fiéis serão batizados nas águas de Outeiro. Dos dias 16 a 18 as grandes celebrações acontecem no estádio do Mangueirão.

PARA SE CADASTRAR

Para cadastrar uma residência basta se dirigir até um dos templos da Assembleia de Deus ou acessar o site www.adbelem.org.br. Informações através do Alô Centenário: 3241-4521

Recepção com a bênção de Deus

Ansiedade. Esse é o sentimento que toma conta da aposentada Marinete Branco, de 59 anos. Ela não vê a hora de abrir as portas de sua casa para um grupo de 17 mulheres da terceira idade que vem de Recife especialmente para as comemorações do centenário da Igreja Assembleia de Deus - que acontece nos dias 16, 17 e 18 de junho em Belém. “Eu estou muito feliz em poder fazer isso. Vai ser um prazer e já estou me preparando para hospedar essas senhoras da terceira idade em minha casa que é muito grande e abençoada por Deus”.

Dona Marinete vai disponibilizar três quartos de sua casa para acolher suas hóspedes, além de colocar à disposição a sala para quem preferir ficar em redes ou em colchonetes. “Nos quartos, as camas são de casal, mas a sala é bastante espaçosa e vai dar para armar redes e colocar colchonetes pelo chão. Já estou vendo todo mundo aqui em casa e acomodado”.

Os colchonetes, redes e roupas de cama serão disponibilizados pela equipe de alojamento da Assembleia de Deus. “Eles estão organizando essa parte. E eu, o abrigo e o carinho. Mas se a Assembleia não desse, a gente ia hospedar do mesmo jeito. Eu ia me virar para conseguir roupa de cama suficiente para todos, mas acredito que elas (hóspedes) tragam suas roupas de cama e banho”.

Além do carinho e da hospedagem, dona Marinete vai oferecer o café da manhã. Ela não quer que as hóspedes saiam para as comemorações com fome. “Vão ser dias muito agitados com intensa programação que começa às 8h e termina à noite. Dessa forma, as hóspedes saem daqui de casa alimentadas para as atividades que vão acontecer principalmente no Mangueirão e no Centro de Convenções da Assembleia de Deus. Todos na Augusto Montenegro, bem pertinho de casa”, disse.

As 17 senhoras que ficarão hospedadas na casa da dona Marinete não vão pagar nada pela diária e nem pelo café da manhã. “Temos que dividir com o próximo o que Deus nos dá. A minha casa é grande, onde moram apenas eu e meu marido. Essa ação não vai ser nenhum sacrifício e sim um favor a Deus”, observou. (Diário do Pará)

Fonte Jornal Diário do Pará

IEAD - O Centenário

sábado, 14 de maio de 2011

CARTA ABERTA AOS ASSEMBLEIANOS

Escrito por Pr. Samuel Cämara

Samuel Câmara

Caríssimos irmãos e irmãs da querida Assembleia de Deus

Quero lembrá-los que estamos muito próximos da celebração do nosso Centenário. Os desafios são imensos, principalmente quando faltam apenas 2 meses, ou 8 semanas, ou melhor ainda, faltam somente 60 dias para a grande festa do Centenário!

A Assembleia de Deus foi escolhida por Deus para nascer em Belém do Pará, que agora é a única cidade do Brasil que pode ser chamada de Cidade do Centenário! A Assembleia de Deus em Belém é a Igreja do Centenário! E nós somos a geração do Centenário. Isso é um grande privilégio!

O que teve os seus dias de humildes começos, com apenas dois missionários e dezoito irmãos que creram na mensagem pentecostal, agora pode ser celebrado por uma multidão de salvos em Jesus Cristo, agradecidos pela dimensão do seu alcance e importância social e espiritual, cuja trajetória histórica nos enseja a dar toda a glória somente a Deus.

Espero que todos os assembleianos memorizem e tenham “na ponta da língua” a DECLARAÇÃO DE MISSÃO DA IGREJA-MÃE: “Cheios do Espírito Santo, nossa Missão é: ADORAR a Deus; MANTER COMUNHÃO com os irmãos; EVANGELIZAR os povos; DISCIPULAR os salvos; e VIGIAR e ORAR até Jesus voltar.”

Igualmente, gostaria que todos memorizassem e repetissem os nossos DESAFIOS PARA O CENTENÁRIO:

1. 20.000 decisões, 10.000 batizados em águas e no Espírito Santo;

2. 100 novos templos e 1.000 novos Núcleos Missionários;

3. 500 mil quilos de alimentos para pessoas famintas;

4. Inauguração da Avenida Centenário, do Centro de Convenções do Centenário e do Museu Histórico Nacional;

5. Grande Celebração do Centenário: 16 a 18 de Junho de 2011.

Em nossa escalada rumo ao Centenário, precisamos muito mais de crentes que orem e jejuem, que se consagrem e busquem a Deus com fé, para que haja suprimento total e nos seja derramado o poder pentecostal.

O sinal de alerta está ligado! Quando vemos que falta pouquíssimo tempo para a celebração do nosso Centenário, podemos contar que já fizemos muito, sem, contudo, nos descuidarmos de que ainda falta avançar muito mais para vencermos todos os grandes desafios propostos. Não podemos parar no meio do caminho. Precisamos unir nossas forças, não descuidando de orar e jejuar, com a operosidade da nossa fé, para que o Senhor supra todas as coisas.

Devemos continuar mostrando a nossa fé com o nosso esforço conjunto e a generosidade de nossas contribuições. Orar e jejuar é tão espiritual quanto ofertar no solo fértil do reino de Deus no Centenário.

Estamos em uma grande marcha de evangelização para apresentar no Centenário uma grande colheita de vidas para Deus. Desejamos e oramos intensamente para que o poder pentecostal se manifeste abundantemente e que Jesus batize milhares de crentes com o Espírito Santo e os capacite para serem testemunhas poderosas do Seu Evangelho.

Sabemos que oração e jejum, juntamente com a fé, pavimentam o caminho para uma carreira espiritual vitoriosa. Temos enormes desafios no pouco tempo que nos resta até a Festa e sabemos que nossa força é pouca em nós mesmos. Por isso, precisamos continuar incentivando os nossos irmãos e irmãs a buscarem a Deus, orando e jejuando com fé, pedindo ao Senhor uma completa vitória.

Estamos nos preparando para receber muitas caravanas de todo o Brasil. Portanto, prepare-se e venha para Belém celebrar conosco nestes abençoados dias de Pentecostes.

Vamos juntos participar dessa Festa no nosso Cenáculo, no amor do Pai e na graça do Senhor Jesus, quando todos seremos cheios do Espírito Santo e, revestidos de poder do Alto, estaremos mais bem habilitados para continuar servindo eficazmente à nossa geração.

Façamos o nosso melhor, pois do Senhor vem a recompensa. Nós somos a geração do Centenário!


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Centenário paralelo: uma afronta a Belém



Written by
NOTICIAS - Notícias





O que a população e as autoridades de Belém fariam, caso tivéssemos na cidade um Círio paralelo? Se de repente alguns padres do sul do País arrebanhassem meia-dúzia de fiéis e, em plena quadra nazarena, viessem em caravanas à capital paraense organizar outro Círio? Um Círio clandestino e aviltante, que ignorasse as igrejas históricas e ultrajasse as autoridades católicas do Estado do Pará? Algo parecido está sendo cogitado em relação às celebrações do Centenário da Assembleia de Deus.

Já não é novidade para ninguém que a Assembleia de Deus nasceu entre nós. Que foi bem ali, na Siqueira Mendes, que alguns irmãos, reunidos no dia 18 de junho de 1911, organizaram-se sob o primitivo nome “Missão da Fé Apostólica”.

Acontece que, tendo essa igreja crescido de modo fenomenal, e alcançado a partir de Belém todos os cantos da Nação, cresceu também o poder político na ala de suas lideranças. Surgiram alguns caciques, organizados em certas convenções de duvidoso teor cristão. E agora, numa abominável afronta à nossa cidadania civil e religiosa, certos pastores do Sul ameaçam vir em junho para montar uma celebração paralela ao Centenário. Prometem vir à terra da Assembleia de Deus zombar de seus prédios históricos, de seu Museu Nacional, das famílias que descendem direto dos pioneiros e da liderança de nossa igreja. Não obstante a Constituição nos garanta o direito de ir e vir, o que esses homens pretendem fazer é um ato repugnável e de péssimo testemunho para o Evangelho.

Obviamente, você já deve estar querendo saber o porquê desse ato tresloucado. E eu já lhe explico.

Ainda em 1930, a Assembleia de Deus, até esse tempo liderada pelos missionários estrangeiros, viu nascer uma instituição nacional. Viu nascer uma convenção de pastores brasileiros que se diziam deslocados perante a liderança natural dos missionários fundadores. Em Natal, onde se reuniram, eles pleiteavam liberdade. Porém, antes de abrirem a boca para gritar por esse poder, a alma altruísta dos missionários lhes repassou tudo: todas as igrejas estabelecidas, todos os crentes, todo o patrimônio. E, tendo deixado os nacionais com a faca e o queijo na mão, rumaram para terras descobertas do evangelho pentecostal, no sul do País.

E foi ali, no sul do País, depois da morte desses corajosos missionários, que o poder eclesiástico da Assembleia de Deus estendeu seus tentáculos. Aproveitando toda a criação intelectual e espiritual de Belém, esses líderes do Sul montaram editoras e formaram impérios. A partir da humilde tipografia instalada na Travessa Nove de Janeiro, esses burocratas do poder publicaram livros, jornais e revistas de escola bíblica dominical. Estas revistas, por exemplo, criadas em Belém em 1919, têm hoje uma tiragem de quase três milhões de exemplares por trimestre, sem que assista à igreja belenense um único centavo de royalties.

Enquanto isso, Belém, por seu papel de igreja-mãe, conservou-se ao longo do tempo como referência única de Assembleia de Deus, com lideranças importantes e lugar de visitação contínua, nacional e internacional. E isso incomoda, pois, você há de concordar, a vaidade humana não se satisfaz facilmente. A trilogia do diabo é sexo, poder e dinheiro. Se o primeiro é proibido às escâncaras na igreja, e o último não constitui problema para alguns, poder é a ponta do tridente que nunca para de crescer. A iniciativa de vir a Belém do Pará realizar um Centenário paralelo evidencia a fome pelo poder. Precisam dessa vitrine para exibir Brasil afora.

Mas, vir afrontar nossa terra, merece ser repensado. Não esqueçam que somos índios pentecostais.

Fonte: Centenário da Assembleia de Deus
Rui Raiol é escritor (www.ruiraiol.com.br)

sábado, 7 de maio de 2011


EM NOME DA MÃE

NOTICIAS

Desde o início do meu ministério pastoral, sempre procurei falar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Mas agora, sob os auspícios dessa mesma Trindade divina, cuja Palavra tenho obedecido e por ela vivido, procurarei falar “em nome da Mãe” de todas as Assembleias de Deus no Brasil, de quem tenho a honra e a responsabilidade de servir como pastor e líder.

Em primeiro lugar, quero reiterar o convite a todas as igrejas Assembleias de Deus, assim como a seus líderes, para participarem do nosso Centenário. A festa é de todos os que fazem parte desse movimento do Espírito. Entendemos que é a nossa querida Assembleia de Deus no Brasil que está completando Cem anos.

Isso, por si só, merece o nosso interesse e respeito por uma data tão importante, ainda mais pelo fato de honrarmos e agradecermos ao Senhor pela grande vitória de chegarmos até aqui, assim também pela gratidão que podemos e devemos expressar aos inúmeros servos e servas de Deus que ajudaram a construir a nossa história.

Embora a Assembleia de Deus tenha começado em Belém, e seja a Igreja-mãe, não nos achamos melhores que nenhuma outra. Assim como o Jubileu de Ouro foi comemorado em Belém, com desdobramentos das festividades em vários lugares do País, também deve ser com o Centenário. Aqui começou, aqui iniciamos a celebração. Todos são livres para celebrar. Mas ninguém pode ofuscar ou tentar tirar o direito da Igreja-mãe de celebrar essa data com todas as “suas filhas”, as demais Assembleias de Deus.

Em segundo lugar, gostaria de contestar a informação, alegada por alguns, de que não comparecerão à festa do Centenário porque não foram convidados. Ora, temos o protocolo do convite oficial a todos os líderes da Convenção Geral (CGADB), bem como a todos os presidentes de Convenções Estaduais, inclusive da COMIEADEPA, que poderia ter sido convenientemente publicado no Mensageiro da Paz, caso houvesse interesse.

Apenas faço lembrar que, para a festa do Jubileu, toda a comunidade assembleiana soube do convite da Igreja-mãe pelo seu noticioso oficial. A diferença é que os tempos são outros, e os líderes, também; assim como os interesses pessoais de quem tenta contradizer a própria história.

Em terceiro lugar, gostaria de denunciar a convocação de uma festa paralela do Centenário “sem a Mãe”. Não é difícil imaginar as complicações de tal atitude. Imagine filhos que pretendam celebrar o Dia das Mães em grande estilo, porém, sem a presença da própria mãe.

Agora, pense na situação oposta, em que a mãe convida seus filhos para estarem com ela e celebrarem o seu dia, oportunidade em que poderiam lhe fazer uma justa homenagem. Mas os filhos se recusam, falam mal dela sem razão e, ainda por cima, preferem a primeira opção. Como uma mãe humana se sentiria nesses dois casos? E de que mereceriam ser chamados esses filhos? Não seriam, no mínimo, chamados de filhos ingratos? E do que mais?

Por último, gostaria de ressaltar o entendimento que temos de serem poucos, embora influentes, os que estão nessa incomoda posição de ingratidão para com a Igreja-mãe. A maioria, ou por respeito, ou por tristeza, ou mesmo por simples omissão, prefere ficar calada diante de tal absurdo. De sorte que muitos e legítimos “filhos da Mãe” virão a Belém e comemorarão conosco o Centenário com o qual Deus nos abençoou para sermos a “geração do Centenário”.

Estamos preparando uma grande Celebração ao nosso bom Deus. Os desafios do Centenário estão sendo cumpridos cabalmente, com a bênção de Deus. O nosso Centro de Convenções está em fase de acabamento, pela bondade e provisão do Senhor. A última vitória é o Museu Histórico Nacional, cujo prédio está sendo preparado para abrigar a Exposição do Centenário, quando teremos a oportunidade de “andar” pelo caminho dos pioneiros e de todos os que ajudaram a fazer a nossa história e criar a identidade assembleiana.

Desse modo, em nome da Mãe de todas as Assembleias de Deus no Brasil, comunico a todos os que pretendem vir a Belém para a festa do Centenário, que estamos de braços e corações abertos para recebê-los no amor de Deus Pai, na graça do Senhor Jesus Cristo e na comunhão do Espírito Santo.

Em nome da Igreja-mãe, parabenizo a todas as mães do nosso imenso e querido Brasil pela passagem do seu Dia, rogando as ricas bênçãos de Deus sobre todas as famílias.


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
E-mail: SAMUELCAMARA@BOASNOVAS.TV

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Programação do Centenário da IEAD.

Belém (PA), 14 de fevereiro de 2011.


Estamos vivendo um grande momento da comunidade evangélica do Pará e do Brasil. A Assembleia de Deus em Belém, no Pará e no Brasil, comemora o ano do seu Centenário de fundação, cuja festividade principal dar-se-á no período de 16 a 18 de junho próximo, em Belém, e estender-se-á até junho de 2012.
Desde a sua fundação, a Igreja tem servido à sociedade com muitas ações de natureza spiritual e social, possibilitando a milhares de pessoas uma nova oportunidade de ida e servindo como esteio para a inclusão social de muitos. Em razão de sua presença e contribuição para o bem comum da sociedade, contamos com o apoio e mobilização e diversos setores da sociedade, inclusive das principais autoridades públicas para a realização do evento.
A Igreja, nascida em Belém, comprovadamente, é a maior comunidade evangélica em elém, no Pará, no Brasil, e está presente em 176 países. Para celebração em grande stilo, estamos construindo o Centro de Convenções do Centenário com capacidade de 20 mil pessoas, além de um Museu Nacional para abrilhantar a cultura do nosso povo.
O Centenário marcará indelevelmente o calendário e a história de Belém e a volta de ossa cidade para o centro das atenções do Brasil. O objetivo da celebração, além de gradecer a Deus pelos 100 anos de êxitos, é posicionar Belém e a Amazônia como palco do nascimento deste fenomenal movimento sociorreligioso, oferecendo uma rogramação ampla, variada e impactante, tanto para o público interno como para toda a sociedade.
Ao participar conosco apoiando esta celebração, sua marca estará ligada a um mpreendimento vitorioso de um século de duração e receberá o reconhecimento da multidão que será alcançada pelo evento, bem como ampliará o leque de alcance junto os consumidores e formadores de opinião.

Respeitosamente,

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

Rumo ao Centenário!

MAIO

Dia 28 - Sábado

18h - Inauguração do Centro de Convenções

JUNHO

Dia 04 - Sábado

13h - Encontro de Corais de Mulheres • Templo Central

Dia 08 - Quarta

08h - Centenário da 1ª pessoa Batizada com o Espírito Santo • Templo Central

Dia 11 - Sábado

08h - Encontro Nacional de Líderes do Centenário • Hangar

Dia 13 e 14 - Segunda e Terça

08h - Convenção Estadual do Centenário • Local a definir

Dia 16 - Quinta

8h às 12h - Impacto Pentecostal, Mensagens e Louvores • Centro de Convenções do Centenário

18h - Culto no Estádio • Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão)

Dia 17 - Sexta

8h às 12h - Impacto Pentecostal, Mensagens e Louvores • Centro de Convenções do Centenário

18h - Culto no Estádio • Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão)

Dia 18 - Sábado

8h - Marcha do Dia do Centenário • Escadinha - Chegada e Trajeto de Berg e Vingren

18h - Culto no Estádio • Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão)

Dia 19 - Domingo

9h - Batismo do Centenário • Praia Grande (Outeiro)

19h - Culto • Templo Central

Dia 20 - Segunda

18h - Culto • Centro de Convenções do Centenário

O Berço em Belém.
Na virada do século XX, surge em várias partes do mundo e nos Estados Unidos o movimento denominado pentecostal, que difundia uma renovação dos moldes pregados pelas igrejas radicionais por meio do batismo com o Espírito Santo.
Contagiados por esta doutrina, ois jovens missionários suecos residentes nos Estados Unidos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, receberam como missão pregar o evangelho em uma terra distante e desconhecida, hamada Pará. Foi então que partiram rumo a Belém, onde desembarcaram no dia 19 de novembro de 1910.
Inicialmente, se integraram à Primeira Igreja Batista do Pará, localizada na Rua João Balbi. Porém, sentiram a necessidade de tomar um novo rumo.

A Missão
Desvinculado da Igreja Batista, o pequeno grupo pioneiro liderado pelos missionários ficou sem lugar para reunir. Foi então que o casal Henrique e Celina Albuquerque ofereceu a ala de sua casa, na Rua Siqueira Mendes, para o início de uma das maiores obras pentecostais do último século.
E no domingo, 18 de junho de 1911, na sala do casal lbuquerque, surge uma nova igreja inicialmente chamada Missão da Fé Apostólica. Somente após sete anos de sua fundação foi denominada Assembleia de Deus.

O Templo
As reuniões na Rua Siqueira Mendes duraram cerca de três meses. Depois, para facilitar o acesso, a igreja mudou-se para a residência de José Batista de Carvalho, na ua São Jerônimo (atual Avenida Governador José Malcher).
Somente em 8 de novembro de 1914 os membros passaram a se reunir em seu primeiro templo livre, situado na Travessa Nove de Janeiro. Ali ficaram até 30 de outubro de 926, quando o pastor Samuel Nyström transferiu a sede da igreja para a Travessa 14 de Março, antigo nº 759. Nesse mesmo local, o pastor Firmino Gouveia inaugurou o tual Templo Central da Assembleia de Deus em Belém no dia 23 de abril de 1988.

Fé sem Fronteiras
Paralela à obra desenvolvida em Belém, a igreja caminhava a passos largos para a sua expansão, com cultos públicos em vários lugares, orações pelos enfermos e batismos com o Espírito Santo. A ilha do Marajó, onde os missionários estiveram apenas um mês após o desembarque em Belém, transformou-se num dos mais ricos berços do ovimento Pentecostal Brasileiro.
Começando pelos municípios arredores, o evangelho pentecostal espalhou-se por todo o Estado do Pará. Assim, enquanto Gunnar Vingren cuidava da igreja em Belém, Daniel Berg e um grupo que se formava saiu espalhando a mensagem por lugares como Bragança, Vigia, Timboteua, São Luís do Pará, Capanema, Quatipuru, Bonito, rimavera e Tauari.
O crescimento fenomenal da Assembleia de Deus está ligado diretamente ao trabalho dos leigos. Desde o início, a igreja valorizou o trabalho dos membros. Isso levou a ensagem pentecostal para os lares, praças e ruas. Fez a igreja entrar nas prisões, hospitais e prédios públicos. Cada fiel da igreja tornou-se um evangelista. Não emorou muito, e alguns desses homens e mulheres estavam cruzando as fronteiras do Pará.
Os resultados deram à igreja pentecostal a dimensão que hoje vemos. O rápido rescimento exigiu novos líderes e norteou a expansão da nova igreja.

Comemorações Inesquecíveis
A cada ano, a Assembleia de Deus em Belém, no Pará e no Brasil comemora sua existência com uma grande festa. Algumas festas foram marcantes, como o Jubileu e Ouro, em 1961, quando a igreja comemorou meio século de existência. Na ocasião, estiveram presentes o missionário fundador Daniel Berg e o missionário Ivar Vingren, filho do missionário Gunnar Vingren, já falecido na época. A festa do Jubileu não foi apenas local. Em diversas cidades brasileiras essa data histórica foi igualmente festejada. Nesse período, os pentecostais brasileiros eram estimados em cerca de um milhão de pessoas.
Já em 2001, a igreja celebrou seus 90 anos de bem sucedida história. As comemorações oficiais começaram com uma marcha (com aproximadamente 100 mil pessoas) pela cidade de Belém.





Junho de 2011. A Assembleia de Deus receberá pessoas de todas as partes do mundo, que participarão dos eventos comemorativos deste período que será simbólico para a capital do Estado do Pará. Uma extensa programação vai ser promovida em Belém, reunindo cerca de 300 mil pessoas, visitantes e moradores.
São aguardadas caravanas que se hospedarão nos hotéis e em casas de famílias; que circularão pelas ruas de Belém; que frequentarão os lugares que são referências da história e cultura locais; que encontrarão o acolhimento necessário para festejar. A expectativa é que a rotina da cidade se transforme.
Abrindo a agenda das comemorações pelo centenário está a inauguração do Centro de Convenções do Centenário, no dia 28 de maio, um presente da Assembleia de Deus para a cidade-berço da igreja. Com capacidade para 20 mil pessoas, está em construção numa área de 40 mil metros quadros, localizada próximo ao Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, que também será palco de parte da programação do Centenário.
Durante os dias 16 a 18 de junho, os eventos se concentrarão durante o dia no Centro de Convenções e, à noite, no Mangueirão.
Nos três dias, haverá cultos especiais com o evangelista Reinhard Bonnke, a missionária Helena Raquel e o pastor Silas Malafaia, além de pregadores nacionais e
internacionais que participarão desse momento único.

Informações:

Alô Centenário: (91) 3241-4521
Fonte: www.adbelem.com