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terça-feira, 7 de junho de 2011

Assim chegamos aos 100 anos. Um Reino Dividido.



Já se passaram quase 5 meses desde a ultima AGO e nada mudou. Os lacaios do poder estao preocupados com Morris Cerullo, Silas Malafaia, Valdomiro Santiago etc... mas não tem coragem para olhar o proprio umbigo e reconhecer que a preservação do sistema não estar produzindo mudanças, muito pelo contrario, acentuou-se mais a divisao em nossa denominação. Estou publicando em meu blog o artigo de um amigo, Pr. Antonio Jose, Pastor presidente da Assembleia da Deus na Cidade dos Funcionarios, em Fortaleza, Ceara. Este homem de Deus tem demonstrado coerencia e discernimento nesse momento quando muitos têm se calado por causa da mordaça que lhes foi imposta por nomeações, cargos e empregos.

UM REINO DIVIDIDO

Após haver participado da 39ª AGO da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil em Serras-ES) e ao refletir sobre os trabalhos convencionais e as implicações que os mesmos produziram na liderança da nossa denominação e como isso afetará a vida da igreja, veio a mim a palavra do Senhor dizendo: “O REINO ESTÁ DIVIDIDO”. Logo me lembrei da resposta de Jesus aos religiosos do seu tempo: “... todo reino dividido contra si mesmo será assolado; e a casa dividida contra si mesma cairá” (Lc 11.17).
O Senhor por sua misericórdia trouxe ao meu coração algumas verdades sobre um reino dividido. Verdades essas, as quais com muita humildade quero publicá-las para reflexão dos líderes e obreiros da nossa igreja.
Entendemos pela exposição de Jesus no texto citado que, ao referir-se ao reino Ele está falando de uma nação, de uma igreja, uma instituição, uma casa ou até mesmo referindo-se a uma pessoa.
Nesta mensagem vou fazer referência as causas e as conseqüências de um reino dividido na esfera da instituição religiosa e da liderança eclesiástica. Vou demonstrar que um reino dividido será assolado (Mt 12.25) e uma casa dividida contra si mesma cairá (Lc 11.17; Mc 3.25). Vou concluir falando sobre as demandas que fluem da divisão e como estas afetam negativamente a vida das pessoas no ambiente comum da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
Anotei pelo menos, vinte declarações que estão relacionadas a um reino dividido, porém devido ao espaço limitado dessa publicação exporei a maioria das declarações deixando os comentários a cargo do leitor interessado.
• Em um reino dividido os homens se esforçam para justificar suas atitudes egoístas tentando adicionar a aprovação de Deus às suas ações fraudulentas.
• Em um reino dividido a unidade é comprometida, pois o consenso oriundo do debate é impossível ou inexistente.
• Em um reino dividido a côrte trucida a ética e despreza a justiça para resguardar seus interesses e preservar o poder.
• Em um reino dividido os súditos são coagidos e perseguidos pelo rei.
• Em um reino dividido o plenário de suas assembléias se transforma em platéia e a tribuna de suas decisões em arena de gladiadores engravatados.
• Em um reino dividido transitamos nas avenidas da hipocrisia livremente, pois os sensores que limitam a ética individual não flagram o cinismo dos que correm para manter as aparências.
• Em um reino dividido os túneis por onde a verdade transita estão engarrafados pelos veículos da maledicência e da discórdia.
• Em um reino dividido não há harmonia no desempenho do serviço eclesiástico e na administração da organização.
• Um reino dividido promove o aparecimento de facções – Permita-me dizer-vos: um reino ou uma casa pode suportar e até mesmo progredir em meio à diversidade ou a pluralidade, mas, quando surgem facções a sobrevivência do reino está em perigo.
• Em um reino dividido o bem-estar coletivo sofre detrimento por falta de cooperação mútua.
• Num reino dividido imperam a instabilidade e a estagnação.
• Em um reino dividido o progresso é lento e a prosperidade é limitada pela visão da liderança.
• Em um reino dividido, projetos e planos são elaborados para serem discutidos, mas não implementados.
• Em um reino dividido lideranças levianas buscam a sombra do poder para promover-se e resguardar interesses.
• Um reino dividido transmite um senso de insegurança que afasta os conselheiros e destrói a confiança que o diálogo poderia proporcionar.
• Um reino dividido compromete a história da sua existência por não entender a realidade do seu tempo.
• Um reino dividido põe em risco a sua própria sobrevivência.
• Em um reino dividido o consenso promovido pelos conselheiros é descartado pela realeza.
• Um reino dividido promove e mantém uma guerra civil silenciosa que se evidencia nas ações dos líderes e nas reações o povo.
• Em um reino dividido as demandas que fluem do poder afetam a vida dos líderes e liderados, dos servos e dos senhores – Dos líderes por serem insensíveis quanto à realidade do reino. Dos liderados por adaptarem-se a uma realidade que gostariam de mudar. Dos servos porque querem ser senhores e dos senhores porque esquecem que são servos.
Dentre as demandas que fluem do poder, algumas são por demais injustas. Isso porque provocam um sentimento de revolta e de decepção que abalam a nossa crença quanto à seriedade dos líderes e o real propósito da instituição. Dentre estas demandas estão aquelas que podem comprometer a integridade de todos. Isso me assusta pelo fato de que, um reino dividido tem reservas suficientes de argumentos para levar líderes e liderados a locupletarem-se todos em nome da “unidade institucional” que não é leal sequer, às suas próprias leis estatutárias.
Na divisão de um reino chega a ser constrangedora a revelação da metamorfose que atinge alguns líderes. Alguns seduzidos pelo poder e movidos pela ambição do cargo, transformam-se em “cães de guarda de microfones”, outros em “leões de chácara do plenário”, prontos a empurrar e proferir impropérios contra supostos desafetos ou possíveis opositores; outros transformam-se em “seguranças”, “tietes do contraditório”, “palhaços da discórdia”, “arautos da contenda”, “embaixadores da mentira”, etc, etc. Aos que se dispõem a participar desse desonroso quadro de transformação cabe a pecha de: “metamorfose ambulante do ministério”.
Ao expor parte das entranhas de um reino dividido talvez tenha deixado o nobre leitor perplexo ou estarrecido, mas, seguramente a declaração de Jesus foi mais grave, clara e específica: “Todo reino dividido contra si mesmo será assolado” Lc 11.17. Será assolado pela injustiça, corrupção, incompetência, avareza e orgulho; Será assolado pela intolerância, contenda, infidelidade, competição, politicagem, egoísmo, enfim, será assolado. Assim diz o Senhor Jesus.
Dentre as demandas que fluem de um reino dividido a assolação é mais perigosa quanto atinge os líderes mais poderosos de uma organização, nação ou igreja. Os frutos dessa divisão, certamente são provenientes da divisão que reina no íntimo de cada indivíduo, definida por Tiago como “guerra em vossos membros” (Tg 4.1), o que debilita a nossa espiritualidade e o nosso caráter cristão.
Concluo com as palavras do apóstolo Paulo: “Acaso está Cristo dividido? Por que o Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (1ªCo 1.13; Rm 14.17).

Em Cristo Jesus e porque Ele vive!
Pr. Antonio José Azevedo
Fonte Mark Lemos
IEAD - O Centenário

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