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domingo, 12 de junho de 2011

O que pensam os jovens da Assembleia de Deus



Jovens, bonitos, vaidosos, gostam de redes sociais, namoram e curtem algumas baladas específicas. Esse seria um retrato quase fiel de grande parte da adolescência brasileira. O único detalhe que os diferencia de outros jovens da mesma mesma faixa etária é que Rebeca, Pedro Paulo, Marcelo, Enaldo, Cintia, Andreza e Maely são membros ativos da Assembleia de Deus. Essa nova geração de evangélicos tem ajudado a transformar o perfil da igreja. Ela se tornou mais tolerante e plural, embora mantenha intactos os princípios básicos que norteiam a fé cristã defendidas pela centenária congregação pentecostal.
Andreza Burçãos é um exemplo. Com 20 anos, conta nos dedos o tempo que falta para se formar em Odontologia. Restam dois anos e meio. Andreza é vaidosa. Capricha numa discreta maquiagem no rosto, usa roupas típicas de alguém da idade dela e gosta de música agitada. Tudo dentro do universo gospel, bem entendido. “Gosto de pop, de forró gospel”, diz ela, filha única e assumidamente mimada pela mãe.
“Gosto do meu cabelo, de me arrumar. Só que não vou me vestir de modo vulgar e nem ficar falando palavrão. Eu prezo a identidade jovem, uso brinco, coisa que antes não era permitido. Só que não podemos impor essas coisas. Deus aceita a pessoa como ela é”, afirma.
Há três anos Andreza namora Enaldo Júnior, também de 20 anos. Enaldo é filho de um pastor da Assembleia de Deus e lidera um grupo de jovens dentro da igreja. Também vaidoso com o próprio corpo, Enaldo frequenta academia de ginástica e pratica esporte. Mas tudo sem excesso. Baladas, por exemplo, não fazem parte do repertório de vida dele. “O mundo oferece muita coisa sem substância. Muito jovem não sabe o que quer da vida e só pensa em curtição”, diz ele.
O que os dois compartilham são passeios ao pôr-do-sol e as programações da igreja. Mas não abrem mão de um cinema. Comédias românticas e filmes de aventura estão entre os preferidos. “Thor”, “Piratas do Caribe” e “Esposa de Mentirinha” foram alguns dos últimos divididos entre pipocas e mãos dadas no escurinho do cinema. E que Enaldo não tente ir muito além disso. “Minha visão é a de me guardar até o casamento”, diz Andreza quando o assunto é sexo.
É uma posição adotada e defendida também por Rebeca Portal, 15 anos, e Maely Freire, 16 anos. Maely faz convênio para tentar uma vaga em Arquitetura na universidade. Trabalha com crianças e é líder de núcleos evangélicos de adolescentes que se reúnem nas casas uns dos outros. Sobre sexo é enfática. “Não gosto de me expor. A gente vive num mundo onde os jovens perderam valores. Eu tenho meus sonhos. Pretendo me casar pura, ter três filhos e três cachorros”, diz.
(Diário do Pará)
IEAD - O Centenário

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